ESPECIALIDADES

Avaliação e planos de tratamento personalizados através de uma equipa experiente e multidisciplinar em atendimento/consulta individual ou em grupo, presencial ou por vídeo-consulta. Avaliação e planos de tratamento personalizados através de uma equipa experiente e multidisciplinar em atendimento/consulta individual ou em grupo, presencial ou por vídeo-consulta.

CONSULTAS MULTIDISCIPLINARES (presencial ou vídeo-consulta)

O que é a Consulta da Dor?

A dor pode surgir de forma aguda em determinadas zonas do corpo como, por exemplo, na cabeça (cefaleias, enxaquecas), nas costas, no pescoço, entre outros locais. Pode ser crónica associada a várias patologias. Pode ser sentida num só local ou sobre uma área extensa. A intensidade da dor pode variar de leve a intolerável. Os fatores psicológicos modulam a intensidade da dor. Como tal, a dor é algo que pode limitar e condicionar o bem-estar quer físico, quer psicológico, o que, consequentemente, pode ter consequências em várias esferas da vida, nomeadamente na profissional e na dos relacionamentos interpessoais entre outros.

Em que consiste a Consulta da Dor?

A consulta da dor consiste no acompanhamento multidisciplinar com o objetivo de melhorar a qualidade de vida e o bem-estar dos doentes. Assim, várias abordagens se juntam para tratar a origem da dor e/ou atenuar o sofrimento, assim como fornecer estratégias para uma melhor adaptação e gestão da dor.

Em que problemáticas e perturbações a Consulta da Dor pode ajudar?

A Consulta da Dor pode ajudar nas situações de dor que podem estar associadas a várias patologias, nomeadamente:

  • Patologias osteoarticulares e reumáticas (como artrite reumatoide, entre outras);
  • Dor neuropática;
  • Neoplasias;
  • Fibromialgia;
  • Contraturas musculares;
  • Entre outras. 

Fontes:

M.J. Cotter, et al.: Abordagem Clínica da Dor: Expetativas e Comportamentos, Dor (2017) 25: 28-34.

https://www.aped-dor.org/images/revista_dor/pdf/2017_01.pdf

Raja, et al.  (2020). The revised International Association for the Study of Pain definition of pain: concepts, challenges, and compromises. PAIN, 161(9):p 1976-1982. DOI: 10.1097/j.pain.0000000000001939

#dor

O que é a consulta de Medicina Geral e Familiar?

A Medicina Geral e Familiar é uma especialidade médica que se destina à prestação de cuidados de saúde primários, que ocorre, normalmente, a longo prazo. Assim, é uma abordagem médica mais generalista e global (abrange todos os problemas de saúde), que inclui um foco na prevenção, no diagnóstico e na cura e que coordena com outras especialidades médicas, encaminhando os doentes, se necessário, de forma a terem um acompanhamento mais especializado.

Em que consiste a consulta de Medicina Geral e Familiar?

É uma especialidade que procura conhecer todo o contexto do doente, incluindo o seu histórico clínico pessoal e o da sua família, procurando entender o doente como um todo. A Medicina Geral e Familiar é ideal para:

  • Acompanhar de forma regular o seu estado de saúde;
  • Recorrer em situações de doença mais comuns;
  • Realizar avaliações gerais da saúde;
  • Aconselhar sobre prevenção, vigilância da saúde e exames a realizar;
  • Recorrer acerca de planeamento familiar;
  • Referenciar médicos de outras especialidades para um acompanhamento mais adequado e especializado.

Fontes:

Ordem dos Médicos, https://ordemdosmedicos.pt/

Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (APMGF), https://apmgf.pt/

#medicinageralefamiliar

O que é a Nutrição? 

A nutrição é uma especialidade que se dedica ao estudo da composição nutricional dos alimentos, as relações entre os alimentos e o impacto que têm na saúde e na doença.

Em que consiste a Nutrição?

Na consulta de Nutrição, um especialista pode ajudá-lo a alterar os seus hábitos alimentares, de forma a conseguir uma alimentação mais saudável e equilibrada. Assim, na consulta de Nutrição é realizada uma avaliação do estado nutricional do individuo e das suas necessidades nutricionais consoante os objetivos que se pretendem, para posteriormente ser elaborado um plano alimentar adequado que deverá ser supervisionado por este profissional.

Em que problemáticas e perturbações a Nutrição pode ajudar?

  • Perda ou aumento de peso
  • Uma alimentação adequada se é desportista
  • Uma alimentação adequada a diversas fases da vida (e.g., durante a gravidez)
  • Uma alimentação vegetariana ou vegan saudável e equilibrada
  • Uma alimentação que respeite intolerâncias ou alergias alimentares
  • Uma alimentação adequada a determinadas condições, como diabetes ou colesterol elevado
  • Uma alimentação adequada a patologias como, por exemplo, Gastrite Crónica, Obesidade, Síndrome do Intestino Irritável, entre outras.
  • Uma alimentação adequada a Doenças do comportamento alimentar, tais como Anorexia Nervosa, Bulimia Nervosa e a Perturbação de Ingestão Compulsiva.

Fontes:

Manual “Cinco Chaves para uma Alimentação mais Segura” – OMS/INSA (2008)

Programa Nacional de Promoção da Alimentação Saudável

#nutrição 

O que é a Neuropsicologia?

A Neuropsicologia é um ramo da Psicologia que estuda os processos neurobiológicos, ou seja, os processos do sistema nervoso e que os relaciona com as cognições, as emoções e os comportamentos. Assim, estuda não só o funcionamento normal do sistema nervoso humano, mas também o funcionamento cerebral associado a lesões ou perturbações emocionais e psicológicas.

Em que consiste a consulta de Neuropsicologia?

Uma consulta de Neuropsicologia implica primeiramente um trabalho de exploração clínica e de avaliação neuropsicológica sistematizada com recurso a instrumentos psicológicos e neuropsicológicos e a outras fontes de informação, de forma a que se consiga compreender o funcionamento do sistema nervoso do individuo em particular e relacioná-lo com o seu funcionamento cognitivo, emocional e comportamental. Assim, esta avaliação permitirá uma compreensão aprofundada que permitirá um diagnóstico (se for o caso) e o respetivo prognóstico. 

A Neuropsicologia engloba ainda a fase seguinte de Reabilitação, que corresponde às fases de planeamento da intervenção neuropsicológica e a sua implementação.

Em que problemáticas e perturbações a Neuropsicologia intervém?

A Neuropsicologia pode intervir em diversas problemáticas e perturbações, tais como:

  • Perturbações do Neurodesenvolvimento:
  • Perturbações do Espetro do Autismo
  • Perturbações de Aprendizagem
  • Perturbação de Hiperatividade e Défice de Atenção
  • Doenças neurológicas:
  • Demências
  • Epilepsia
  • Acidente Vascular Cerebral
  • Traumatismo Crânio-Encefálico
  • Doenças psiquiátricas:
  • Depressão
  • Psicoses
  • Perturbações do Sono
  • Comportamentos aditivos
  • Dificuldades cognitivas:
  • Memória
  • Atenção e concentração
  • Funcionamento executivo (por exemplo, planeamento de tarefas, impulsividades, etc.)
  • Linguagem

Fontes:

American Psychological Association. (2022). APA dictionary of psychology: Neuropsychology. https://dictionary.apa.org/neuropsychology 

Ordem dos Psicólogos Portugueses. (2022). Parecer OPP – Recomendações do Conselho de Especialidade de Psicologia Clínica e da Saúde – Recomendações acerca das competências necessárias para realizar avaliação neuropsicológica. https://www.ordemdospsicologos.pt/ficheiros/documentos/recomendaa_aoes_do_conselho_de_especialidade_de_psicologia_clainica_recomendaa_aoes_acerca_das_competaancias_necessaarias_para_areali.pdf 

Ordem dos Psicólogos Portugueses. (2018). Orientações para as especialidades: Processo regular – Neuropsicologia. https://www.ordemdospsicologos.pt/ficheiros/documentos/orientaa_aoes_especialidades_neuropsicologia_regular_.pdf 

#neuropsicologia

O que é a Psicologia Clínica? A Psicologia pode ser definida como a ciência que estuda os processos psicológicos, emocionais, cognitivos, comportamentais e sociais dos indivíduos. A Psicologia Clínica corresponde ao campo da Psicologia que se dirige a compreender e aliviar dificuldades, desajustamentos, incapacidades e sofrimento, assim como a promover o ajustamento, a adaptação e o desenvolvimento pessoal. Assim, tem como foco os aspetos emocionais, psicológicos, cognitivos, biológicos e comportamentais do individuo. Desta forma, inclui:
  • Avaliação psicológica;
  • Concetualização de caso;
  • Diagnóstico psicológico;
  • Planeamento, monitorização e intervenção psicológicas;
  • Avaliação da intervenção.
Em que consiste a consulta de Psicologia Clínica dirigida a Adultos? A adultez é caracterizada, de forma normativa, não só por um funcionamento mental mais estruturado que nos permite ter as capacidades intelectuais, emocionais e sociais estruturadas e maduras a nível cerebral, mas também é uma fase da vida que acarreta responsabilidades, mudanças, crises, e desafios.  Assim, a Psicologia Clínica pode ajudar a dar resposta a diversos problemas, dificuldades ou perturbações psicológicas e emocionais. Em que problemáticas e perturbações a Psicologia Clínica intervém? A Psicologia Clínica pode intervir em diversas problemáticas e perturbações, nomeadamente:
  • Depressão
  • Perturbações de Ansiedade
  • Luto (pelas diversas perdas: morte, divórcio, oportunidade, sonho, doença, etc.)
  • Perturbações do Sono
  • Perturbações Alimentares
  • Trauma
  • Adaptação a Doenças Físicas 
  • Dificuldades Interpessoais (resolução de conflitos, competências sociais, etc.)
Além destas perturbações, a Psicologia Clínica pode ajudar no sentido de promover o crescimento do individuo, podendo assim também ter como focos:
  • Autoconhecimento
  • Desenvolvimento Pessoal
Fontes: Faria, C. L., Brites, R., Paulino, M., & Silva, F. J. (2020). Intervenção em Psicologia Clínica. Pactor. Ordem dos Psicólogos Portugueses. (2016). Regulamento nº 107-A/2016 – Regulamento geral de especialidades profissionais da Ordem dos Psicólogos Portugueses. Diário da República, 2ª série, Nº 20. https://www.ordemdospsicologos.pt/ficheiros/documentos/regulamento_geral_de_especialidades_profissionais_da_ordem_dos_psicaologos_portugueses_versaao_consolidada.pdf  #psicologia #psicologiaclínica  

O que é a Psicologia Clínica Infanto-Juvenil?

A Psicologia Clínica corresponde ao campo da Psicologia que se dirige a compreender e aliviar dificuldades, desajustamentos, incapacidades e sofrimento, assim como a promover o ajustamento, a adaptação e o desenvolvimento pessoal. Assim, tem como foco os aspetos emocionais, psicológicos, cognitivos, biológicos e comportamentais da criança e adolescente.

Desta forma, inclui:

  • Avaliação psicológica;
  • Concetualização de caso;
  • Diagnóstico psicológico;
  • Planeamento, monitorização e intervenção psicológicas;
  • Avaliação da intervenção.

Em que consiste a consulta de Psicologia Infanto-Juvenil?

A consulta de Psicologia Clínica Infanto-Juvenil dirige-se a crianças e adolescentes. A Psicologia Clínica, no âmbito de trabalho com crianças e adolescentes, engloba o conhecimento científico sobre o desenvolvimento infantil que servirá de base para avaliar e intervir junto da criança e junto dos sistemas que a rodeiam, nomeadamente o familiar e o escolar.

As crianças nos seus primeiros anos vivem grandes desafios em termos do seu desenvolvimento a vários níveis, desde do cognitivo ao emocional, e do social ao escolar. Quando chegam à adolescência estes desafios tornam-se ainda maiores com as mudanças físicas e emocionais inerentes a este período, a procura da autonomia pessoal e da descoberta e construção da própria identidade.

Em que problemáticas e perturbações a Psicologia Clínica intervém?

A Psicologia Infanto-Juvenil intervém em:

  • Dificuldades de aprendizagem;
  • Bullying;
  • Ansiedade;
  • Depressão;
  • Autoestima;
  • Dificuldades do Desenvolvimento Emocional (agressividade, controlo de impulsos, etc.);
  • Perturbação de Hiperatividade e Défice de Atenção;
  • Perturbações Alimentares;
  • Perturbações do Espetro do Autismo;
  • Orientação Vocacional;
  • Competências Sociais; entre outras áreas.

Fontes:

Faria, C. L., Brites, R., Paulino, M., & Silva, F. J. (2020). Intervenção em Psicologia Clínica. Pactor.

Diário da República. (2021, 8 de novembro). Regulamento nº 957/2021 – Regulamento geral de especialidades profissionais da Ordem dos Psicólogos Portugueses, 2ª série, Nº 20.

https://www.ordemdospsicologos.pt/ficheiros/documentos/regulamento_geral_de_especialidades_profissionais_da_ordem_dos_psicaologos_portugueses_versaao_consolidada.pdf 

#psicologia #psicologiaclínica

O que é a Psiquiatria?

A Psiquiatria é uma especialidade da Medicina que tem como foco o diagnóstico, o tratamento e a prevenção de perturbações emocionais, mentais, comportamentais e da personalidade.

Em que consiste a consulta de Psiquiatria?

A consulta de Psiquiatria pode incluir uma variedade de abordagens, nomeadamente: Psicoterapia, Terapia Medicamentosa, Intervenções Psicossociais e outros tratamentos como a Terapia Electroconvulsiva.

No caso da Psicoterapia, esta pode ser realizada tendo por base diferentes modelos, consoante os objetivos definidos, que podem ser:

  • Mudar comportamentos e/ou padrões de pensamentos;
  • Explorar o efeito de relações e experiências passadas nos comportamentos e pensamentos do presente;
  • Obter competências e recursos para lidar melhor com problemas do dia-a-dia;
  • Aliviar sintomatologia; entre outros.

No caso da Terapia Medicamentosa, os Psiquiatras podem recorrer a uma grande variedade de medicamentos que ajudam o cérebro e o corpo a reestabelecer o equilíbrio e que podem ser complementares à Psicoterapia. As classes de medicamentos mais conhecidas são os antidepressivos e os ansiolíticos, mas existem também outras como os antipsicóticos, os hipnóticos e os estabilizadores de humor.

Em que problemáticas é que a Psiquiatria pode ajudar?

A Psiquiatria pode ajudar numa variedade de problemas e perturbações psicológicas, nomeadamente:

  • Perturbações de Humor (Perturbação Depressiva Major, Perturbação Depressiva Sazonal, etc.);
  • Perturbação Bipolar;
  • Perturbações de Ansiedade;
  • Psicoses;
  • Perturbação Obsessivo-Compulsiva;
  • Perturbações Traumáticas;
  • Lutos;
  • Perturbações de Sono;
  • Perturbações Alimentares;
  • Adaptação a Doenças Físicas; entre outros

Fontes:

American Psychiatric Association. (2022). What is psychiatry? https://www.psychiatry.org/patients-families/what-is-psychiatry 

American Psychological Association. (2022). APA dictionary of psychology: Psychiatry. https://dictionary.apa.org/psychiatry 

Diário da República. (2016, 29 de dezembro). Programa de formação da área de especialização de psiquiatria, 1ª série, Nº 249. https://ordemdosmedicos.pt/wp-content/uploads/2017/09/Portaria_340_2016_12_29.pdf 

#Psiquiatria

O que é a Pedopsiquiatria?

Se a Psiquiatria tem como foco o diagnóstico, o tratamento e a prevenção de perturbações emocionais, mentais, comportamentais e da personalidade, a Pedopsiquiatria vai ter o mesmo foco mas numa população-alvo diferente. Tal como o nome indica com o prefixo “pedo”, a Pedopsiquiatria foca o seu estudo no desenvolvimento de crianças e adolescentes, considerando os aspetos emocionais, intelectuais, sociais e comportamentais dos mesmos, assim como os contextos que interferem nesse desenvolvimento, nomeadamente o contexto familiar.

Em que problemáticas e perturbações a Pedopsiquiatria pode atuar?

A Pedopsiquiatria atua nas mais diversas áreas do desenvolvimento da criança ou adolescente, nomeadamente:

  • Perturbações de conduta (agressividade, impulsividade, etc.);
  • Perturbações do Sono;
  • Perturbações de Eliminação (enurese, encoprese, etc.);
  • Perturbações Alimentares;
  • Autoestima;
  • Dificuldades Interpessoais;
  • Dificuldades de Aprendizagem
  • Sintomatologia Ansiosa e/ou Depressiva;
  • Perturbações do Desenvolvimento; 
  • Perturbações do Espetro do Autismo;
  • Perturbação de Hiperatividade e Défice de Atenção;
  • Perturbações de Somatização;
  • Lutos;
  • Separação ou Divórcio dos pais.

Fontes:

American Academy of Child & Adolescent Psychiatry. (2022). What is child and adolescent psychiatry? https://www.aacap.org/aacap/Medical_Students_and_Residents/Medical_Students/What_is_Child_and_Adolescent_Psychiatry.aspx 

Carr, A., (2006). Manual de psicologia clínica da criança e do adolescente: Uma abordagem contextual. Psiquilibrios.

Encyclopaedia Britannica. (2015). Child psychiatry. https://www.britannica.com/science/child-psychiatry 

#pedopsiquiatria~

O que é a Consulta de Rastreio Psicológico – Consulta Consciência?

A Consulta Consciência consiste numa consulta de rastreio psicológico, que pretende aumentar a sua consciência sobre o seu estado psicológico e emocional e despistar problemáticas psicológicas, cognitivas e/ou emocionais, ajudando assim a prevenir situações de doença mental.
É uma consulta para tomar consciência, reforçar os seus recursos e viver melhor a sua vida.


Em que consiste a Consulta de Rastreio Psicológico – Consulta Consciência?

A Consulta Consciência, por ter uma abordagem holística (que considera o todo), analisa a forma como estão as variadas áreas da sua vida e identifica as áreas problemáticas, o que permite aumentar o seu autoconhecimento e refletir sobre o que quer melhorar.
Na Consulta Consciência, será feita uma entrevista por uma psicóloga e será aplicado um instrumento de avaliação psicológica para avaliar os sintomas característicos de diversas problemáticas.
No fim da consulta, a nossa psicóloga irá devolver-lhe os dados da avaliação e fornecer-lhe algumas sugestões, que vão desde sugestões de leitura a sugestões de estratégias diárias e que podem incluir ou não orientação para acompanhamento psicológico.

A quem se destina?
Pessoas com mais de 18 anos.

Em que problemáticas e perturbações a Consulta Consciência pode ajudar?
A Consulta Consciência pode ajudar a identificar sintomas relacionados com Ansiedade, Depressão, Luto, Autoestima, Trauma e Burnout, entre outros.

Fontes:

Faria, C. L., Brites, R., Paulino, M., & Silva, F. J. (2020). Intervenção em Psicologia Clínica. Pactor.
American Psychological Association. (2022). APA dictionary of psychology: Psychiatry.
 https://dictionary.apa.org/psychiatry

#consultaconsciencia #rastreiopsicologico #saudemental #sereviver

TERAPIA (individual ou grupo)


O que é a Farmacoterapia?
 
Muitas vezes, é necessário o recurso a medicação perante diversas patologias mentais e físicas. Relativamente às patologias mentais, na maioria das vezes verificam-se alterações químicas no cérebro e com a ajuda de medicação pretende-se reestabelecer o equilibro no cérebro para se verificarem algumas melhorias sintomáticas.
 

Em que consiste a Farmacoterapia?

Assim, a Farmacoterapia consiste na revisão, prescrição, avaliação e monitorização contínua de medicação junto de um doente. Como tal, a Farmacoterapia só pode ser realizada por um médico, que tem os conhecimentos para considerar qual será a medicação mais adequada para cada doente consoante a sintomatologia ou patologia apresentada e para identificar e colmatar interações medicamentosas e efeitos adversos.

Em que problemáticas e perturbações a Farmacoterapia pode ajudar?

A Farmacoterapia pode ser fundamental e/ou útil em casos de:

  • Perturbações de Ansiedade
  • Depressão e outras perturbações de humor
  • Perturbações de Sono
  • Perturbações do comportamento alimentar
  • Perturbações do Espetro do Autismo
  • Perturbações do Espetro da Esquizofrenia
  • Entre outros.

Fontes:

Marie A. Chisholm-Burns et al. (2019). Pharmacotherapy Principles & Practice, McGrawHill, ISBN: 978-1-260-01944-5
Schtzberg et al. (2019). Manual of Clinical Psychopharmacology. American Psychiatric Publishing. Washington, DC.

#farmacoterapia

O que é a Hipnose Clínica?

A Hipnose Clínica pode ser definida como um estado modificado de consciência que implica atenção focada, uma redução da tomada de consciência periférica (menor atenção quanto a estímulos externos) e um aumento da capacidade de resposta a sugestões. Assim, a Hipnose Clínica pode se definida como o uso da Hipnose num contexto clínico de tratamento de um problema ou perturbação médica ou psicológica. Assim, a Hipnose não corresponde a um tipo de Psicoterapia, mas sim a uma técnica que pode ser usada em Psicoterapia em conjunto com outras, uma vez que permite trabalhar emoções, conflitos internos e o inconsciente do individuo.

Quem é que pode utilizar a Hipnose Clínica em Psicoterapia?

A Psicoterapia com técnicas de Hipnose Clínica é uma especialização que pode ser adquirida por alguns profissionais da área da Saúde (Psicólogos, Médicos Psiquiatras ou Médicos), uma vez que é fundamental deter conhecimentos avançados sobre Psicopatologia e avaliação de risco.

Em que consiste uma consulta com Hipnose Clínica?

Os pré-requisitos básicos para conseguir realizar Hipnose são:

  • Querer entrar no transe hipnótico;
  • Acreditar que pode entrar no transe hipnótico/hipnotizada;
  • Sentir-se confortável e relaxada.

Em primeiro lugar, é definido em conjunto entre o terapeuta e o utente o que se pretende atingir e um acordo sobre as técnicas que irão ser utilizadas.

De forma geral, o profissional irá:

  • Conduzi-lo a um estado de relaxamento profundo;
  • Usar determinadas técnicas que estejam em congruência com os objetivos definidos, o que implica o uso de sugestões para que experiencie alterações nos seus comportamentos, pensamentos, sensações ou perceções; 
  • Retirá-lo, de forma gradual, do transe hipnótico.

É importante ressaltar que uma pessoa durante a Hipnose continua acordado e com controlo de si própria, pelo que tem a capacidade de não seguir as orientações sugeridas se assim o quiser fazer.

Em que problemáticas e perturbações a Hipnose Clínica pode ajudar?

  • Alívio da dor
  • Perturbações de Ansiedade (Ansiedade Generalizada, Ataques de Pânico)
  • Fobias especificas 
  • Stress 
  • Depressão
  • Trauma
  • Luto
  • Perturbações do Sono
  • Perturbações Alimentares
  • Modificação de Hábitos (fumar, compulsão alimentar)
  • Doenças Físicas (asma, distúrbios gastrointestinais, obesidade)

Fontes:

American Psychological Association. (2022a). Hypnosis: What it is and how it can help you feel better. https://www.apadivisions.org/division-30/about/hypnosis-brochure.pdf 

American Psychological Association. (2022b). APA dictionary of psychology: Hypnotherapy. https://dictionary.apa.org/hypnotherapy 

American Psychological Association. (2008) Hypnosis today: Looking beyond the media portrayal. https://www.apa.org/topics/psychotherapy/hypnosis 

Elkins, G. R., Barabasz, A. F., Council, J. R., & Spiegel, D. (2015). Advancing research and practice: The revised APA Division 30 definition of hypnosis. American Journal of Clinical Hypnosis, 57(4), 378-385. http://dx.doi.org/10.1080/00029157.2015.1011465 

National Health Service. (2021, 10 de fevereiro). Hypnotherapy. https://www.nhs.uk/conditions/hypnotherapy/ 

Ordem dos Psicólogos Portugueses. (2014). Parecer sobre hipnose

#hipnoseclínica

O que é o Mindfulness?

O Mindfulness (em português, Atenção Plena) corresponde “à capacidade de prestarmos atenção, de forma intencional, no momento atual, sem julgarmos e na vivência enquanto ela ocorre” (Jon Kabat-Zinn, 1990). O Mindfulness surge em oposição ao Piloto Automático – estado em que atualmente tendemos a viver constantemente. É uma forma de desligarmos o Piloto automático e de nos focarmos no presente, no aqui e no agora. Permite-nos termos momentos de paz e de silêncio, longe do barulho dos nossos pensamentos ruminativos.

Em que consiste o Mindfulness?

O Mindfulness inclui técnicas de colocarmos a atenção no momento presente, com intenção e sem julgamentos. A prática regular dessas técnicas permite a regulação de pensamentos e emoções, a melhoria da capacidade de concentração e de foco, a modificação das reações automáticas, a redução de ansiedade e stress, a melhoria do estado de humor, e o usufruir do momento presente. Além disso, tem também benefícios demonstrados em características positivas, como:

  • Autoconfiança
  • Bondade, Gratidão, Bem-estar 
  • Paciência

Em que problemáticas e perturbações o Mindfulness pode ajudar?

É uma abordagem psicológica que já tem a sua eficácia largamente comprovada em várias sintomatologias e perturbações psicológicas e físicas, tais como:

  • Perturbações de Ansiedade
  • Depressão
  • Irritabilidade
  • Insónias e outras perturbações de sono
  • Isolamento social
  • Perturbações alimentares 
  • Abuso de substâncias
  • Hipertensão
  • Dor crónica
  • Cancro
  • Psoríase
  • Entre outros

Fontes:

Jon Kabat-Zinn (2005). Coming to Our Senses: Healing Ourselves and the World Through Mindfulness.

Thompson, Evan. (2014). Waking, Dreaming, Being: Self and Consciousness in Neuroscience, Meditation, and Philosophy. Nova Iorque: Columbia University Press.

#mindfulness

O que é a Psicoterapia?

A Psicoterapia, como o nome indica, pode ser definida como um tratamento psicológico. 

Wampold e Imel (2015) definem psicoterapia de forma mais completa como um:

  • Tratamento interpessoal, que implica no mínimo dois intervenientes: terapeuta e cliente;
  • Baseado em princípios psicológicos;
  • Que implica a existência de um terapeuta devidamente especializado;
  • E de um cliente que procura ajuda para um problema, dificuldade, queixa ou perturbação mental.

Desta forma, a Psicoterapia tem como principal objetivo o individuo psicológico, o que inclui as dimensões cognitivas, afetivas e comportamentais. 

Assim, podemos falar brevemente de três pressupostos:

  • A Psicoterapia consiste num método de intervenção, ou seja, consiste num conjunto de técnicas e procedimentos;
  • A Psicoterapia tem como base as teorias da ciência psicológica;
  • A Psicoterapia tem como objetivo modificar comportamentos, pensamentos e emoções.

Quem é que pode ser Psicoterapeuta?

A Psicoterapia é uma especialização que pode ser adquirida por alguns profissionais da área da Saúde (Psicólogos ou Médicos Psiquiatras), uma vez que é fundamental deter conhecimentos avançados sobre Psicopatologia e avaliação de risco.

Como funcionam as sessões de Psicoterapia?

A Psicoterapia pode ser individual, de grupo, de casal ou familiar e engloba qualquer faixa etária, desde crianças a idosos. 

As sessões normalmente têm a duração de 60 minutos. 

A Psicoterapia pode ser algo de curta duração (apenas algumas sessões), dependendo do que se pretende atingir, ou de longa duração (meses ou anos) se se está a lidar com problemas complexos e/ou duradouros.

Os objetivos e o número de sessões devem ser definidos, de forma conjunta, pelo terapeuta e pelo cliente.

O que precisa de saber antes de iniciar um processo de Psicoterapia?

  • Motivação/Envolvimento:

Em primeiro lugar, é fundamental que o cliente, antes de iniciar um processo de Psicoterapia, saiba que é o próprio o agente ativo da relação terapeuta-cliente, o que significa que o terapeuta apenas o irá guiar na persecução dos objetivos definidos em conjunto pelos dois, devendo o cliente estar motivado para agir na direção desses mesmos objetivos.

  • Relação de confiança:

A Psicoterapia implica que se estabeleça uma relação de confiança entre terapeuta e cliente, o que envolve várias características, entre as quais temos, por exemplo, a transparência, a honestidade, a empatia e a autenticidade.

  • Confidencialidade:

A confidencialidade e a privacidade do cliente são requisitos inerentes a qualquer processo psicoterapêutico, o que implica que o terapeuta não pode divulgar ou partilhar quaisquer dados sobre o cliente, sem ter a autorização do mesmo.

Em que áreas é que a Psicoterapia pode ajudar?

A Psicoterapia pode ajudar em casos de:

  • Dificuldades em lidar com problemas do dia-a-dia;
  • Trauma;
  • Luto por perda (morte de alguém querido, divórcio, perda de oportunidade, de projeto ou de sonho);
  • Perturbações mentais, como ansiedade, depressão, perturbação obsessivo-compulsiva, entre muitas outras;
  • Doença física;
  • Busca de um maior autoconhecimento. 

Quando deve considerar fazer Psicoterapia?

Se o seu caso se encaixar na lista de problemas descrita acima e/ou se:

  • Sente profundamente desamparado e triste;
  • Tem dificuldades em concentrar-se ou em realizar atividades do dia-a-dia;
  • Os seus problemas não parecem melhorar mesmo com vários esforços seus;
  • Se preocupa excessivamente, espera sempre o pior cenário e se sente constantemente a atingir o seu limite;
  • Se tem ações que são perigosas para si próprio ou para os outros, por exemplo, consumo excessivo de álcool, consumo de drogas ou agressividade.

Fontes:

American Psychiatric Association. (2019, Janeiro). What is psychotherapy? https://www.psychiatry.org/patients-families/psychotherapy 

American Psychological Association. (2022, 16 de março). Understanding psychotherapy and how it works.

https://www.apa.org/topics/psychotherapy/understanding 

Leal, I. (2018). Psicoterapias: Teorias e percursos. In I. Leal (Coord.), Psicoterapias. Pactor.

Ordem dos Psicólogos Portugueses. (2018). Criação da profissão de psicoterapeuta: Parecer da OPP.

https://recursos.ordemdospsicologos.pt/files/artigos/parecer_sobre_a_cria____o_da_profiss__o_de_psicoterapeuta-2.pdf 

Society of Clinical Psychology. (2017, 31 de julho). What is psychotherapy?

https://www.apa.org/ptsd-guideline/patients-and-families/psychotherapy 

Wampold, B. E., & Imel, Z. E. (2015). The great psychotherapy debate: The evidence for what makes psychotherapy work (2ª ed.). Routledge.

#Psicoterapia

O que é a Psicoterapia Corporal/Somática?

A Psicoterapia Corporal/Somática é uma abordagem de Psicoterapia que se foca na relação mente-corpo. Como a Psicoterapeuta Aline Lapierre refere: “o estado do corpo reflete a mente e o estado da mente reflete o corpo”. Assim, a Psicoterapia Corporal vê a pessoa como um todo, considerando a relação bidirecional que existe entre mente e corpo. Inclui técnicas de respiração, movimento, entre outras com o objetivo de promover a conexão mente-corpo.

Em que consiste a Psicoterapia Corporal/Somática?

A Psicoterapia Corporal/Somática pode ajudar a descobrir o que não está em equilíbrio no todo (considerando também a mente) e as suas origens, e a resolver essas questões em casos de doentes que apresentam sintomatologia ou patologias físicas. 

A doença é desarmonia. Mais precisamente, é a expressão de uma desarmonia interna. (…) O aparecimento de sintomas ou o diagnóstico de uma doença deve suscitar um questionamento em duas vias: O que diz esta doença sobre o passado e o presente, e o que é que ajudará no futuro? (…) é uma vontade de refletir sobre o que não está a funcionar. O que não está em equilíbrio? O que tenho eu vindo a ignorar? A que é que o meu corpo está a dizer não?” 

Gabor Maté no livro Quando o corpo diz não

Em que problemáticas e perturbações a Psicoterapia Corporal/Somática pode ajudar?

A Psicoterapia Corporal/Somática pode ajudar em toda a sintomatologia ou patologia, seja mental ou física. Particularmente eficaz na diminuição do sofrimento ou dificuldade de gestão em situações de: 

  • ansiedade, stress
  • trauma
  • doença física

Fontes:

Almeida, Ana Uma contribuição para a teoria das transformações de Wfred Bion: a transformação psicossomática Revista Portuguesa de Psicossomática, vol. 6, núm. 2, julho-dezembro, 2004, pp. 17-34

Shafir T (2016) Using Movement to Regulate Emotion: Neurophysiological Findings and Their Application in Psychotherapy. Front. Psychol. 7:1451. doi: 10.3389/fpsyg.2016.01451

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O que são Estados Modificados de Consciência?

A consciência pode ser definida como o estado de estar consciente e vígil e a compreensão ou o conhecimento do individuo acerca de algo interno ou externo a si próprio. De forma mais completa, a consciência é definida por Mário Simões como a experiência da vida psíquica a cada momento dentro da continuidade desta e que pressupõe as capacidades de ordenar, captar, integrar e responder a estímulos, quer internos, quer externos, assim como as capacidades de comunicação verbal e de comportamentos intencionais. Os Estados Modificados de Consciência (EMC) podem ser definidos como uma mudança temporária no pensamento e na perceção relativamente ao estado de consciência “normal” (de vigília). 

Os estados de consciência mais conhecidos são os de vigília (quando estamos acordados) e sono, mas existem outros nomeadamente o de sonho, o de despertar, o da consciência cósmica, o de devaneio, entre outros.

Assim, para ajudar na compreensão podemos caracterizar os EMC da seguinte forma:

  • Apresentam características especificas e verbalizáveis que raramente ocorrem durante o estado de vigília normal;
  • Normalmente, os EMC têm uma duração de minutos ou horas, algo que nos permite diferenciá-los da maioria das perturbações psiquiátricas;
  • Não são resultado de doença ou adversidades;
  • Normalmente, podem ocorrer espontaneamente ou são induzidos pelo próprio individuo (mesmo que com orientação externa).

Quem é que pode utilizar a Psicoterapia em EMC?

A Psicoterapia em EMC é uma especialização que pode ser adquirida por alguns profissionais da área da Saúde (Psicólogos ou Médicos Psiquiatras), uma vez que é fundamental deter conhecimentos avançados sobre Psicopatologia e avaliação de risco.

Em que consiste a Psicoterapia em EMC?

Os EMC em Psicoterapia permitem uma expansão da consciência e do padrão comum da atividade mental. Como tal, facilita a ampliação da identidade além do ego e da personalidade. Assim, estados de consciência diferentes podem aumentar a perceção ou promover novas perceções acerca de um mesmo evento, tendo como consequência terapêutica a formação de novos estados emocionais que favorecem a superação de sofrimento e dificuldades psicológicas. 

Há vários métodos que podem ser utilizados para induzir os EMC em Psicoterapia, nomeadamente:

  • Hipnose
  • Meditação
  • Treino Autógeno (relaxamentos)
  • Sonho Acordado Dirigido
  • Vivência Catatímica de Imagens 
  • Terapia Regressiva de Vivências Passadas

Em que problemáticas e perturbações a Psicoterapia em EMC pode ajudar?

A Psicoterapia em EMC pode ajudar numa série de problemáticas e perturbações, nomeadamente:

  • Perturbações de Ansiedade (Ansiedade Generalizada, Pânico, Ansiedade Social)
  • Stress
  • Depressão
  • Fobias Especificas 
  • Perturbação Obsessivo-Compulsiva
  • Perturbações do Sono
  • Perturbações Alimentares
  • Trauma
  • Luto
  • Dor Crónica
  • Doenças físicas (hipertensão, asma, etc.)
  • Modificação de hábitos (fumar, compulsão alimentar)
  • Perturbações de Personalidade

Fontes:

American Psychological Association. (2020). APA dictionary of psychology: Consciousness. https://dictionary.apa.org/consciousness 

Berni, L. E. (2016). Psicologia, espiritualidade e epistemologias não-hegemónicas (vol. 3). Conselho Regional de Psicologia de São Paulo.

Dietrich, A. (2003). Functional neuroanatomy of altered states of consciousness: 

The transient hypofrontality hypothesis. Consciousness and Cognition, 12, 231-256. https://doi.org/10.1016/s1053-8100(02)00046-6 

Lopes, A., & Ruston, R. (2002). Curso de Hipnotismo e Regressão (vol. 1). Gráfica do Ave.

Simões, M. (2003). Parapsicologia – Uma perspetiva crítica. In M. Simões, M. Resende, & S. Gonçalves (Eds.), Psicologia da consciência: 

Pesquisa e reflexão em psicologia transpessoal (pp. 233-245). Lidel.

Simões, M. (1997). Introdução. In L. A. Descamps, B. Nicoslescu, & M. Simões (Eds.), O que é o transpessoal? (pp. 5-20). Editora Temática.

Simões, M. (1996). Consciência e estados modificados de consciência em psicoterapias. Psicologia, 11(2/3), 15-50.

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O que é o EMDR?

A psicoterapia com EMDR constitui uma abordagem terapêutica que utiliza a estimulação bilateral do cérebro, como tratamento psicoterapêutico transversal e integrativo em saúde mental. 

EMDR é um acrónimo para Eye Movement Dessensitization and Reprocessing, que traduzido para português significa dessensibilização e reprocessamento por movimentos oculares. O EMDR foi descoberto pela Dra. Francine Shapiro, tendo sido inicialmente utilizado como recurso em veteranos de guerra e sobreviventes de abuso sexual, para o tratamento específico da Perturbação do stress pós-traumático. Esta abordagem clínica parte do pressuposto que os funcionamentos humanos geradores de sofrimento subjetivo, são resultado de memórias traumáticas (consciente e inconscientes) não integradas de modo adaptativo.

Em que consiste o EMDR?

O EMDR utiliza a capacidade de reprocessamento de memórias, que ocorre diariamente e naturalmente durante o sono, especificamente durante a fase REM. Nesta fase, cada indivíduo processa eventos quotidianos e reprocessa eventos passados, utilizando movimentos rápidos oculares, que ligam os dois hemisférios cerebrais através de uma estimulação bilateral. Este fenómeno é então mimetizado em contexto terapêutico, para auxiliar a dessensibilização e reprocessamento de memórias traumáticas por integrar. Em contexto terapêutico, online ou presencial, cada indivíduo estará acordado e no controlo situacional. 

Quem pode aplicar o EMDR?

A prática é ministrada exclusivamente por psicólogos e médicos psiquiatras devidamente formados e acreditados pela associação EMDR-Portugal.

Em que problemáticas e perturbações o EMDR pode ajudar?

  • Ansiedade, medos, fobias e perturbação de pânico;
  • Compulsões, dependência e adições;
  • Lutos, perdas e depressão;
  • Gestão da dor crónica;
  • Trauma complexo e perturbação do stress pós-traumático;
  • Sono;
  • Instalação de recursos positivos;
  • Desenvolvimento e aperfeiçoamento do desempenho.

Fontes:

Lewis, C., Roberts, N. P., Andrew, M., Starling, E., & Bisson, J. I. (2020). 

Psychological therapies for post-traumatic stress disorder in adults:

Systematic review and meta-analysis. In European Journal of Psychotraumatology (Vol. 11, Issue 1). Taylor and Francis Ltd.

https://doi.org/10.1080/20008198.2020.1729633

Perlini, C., Donisi, V., Rossetti, M. G., Moltrasio, C., Bellani, M., & Brambilla, P. (2020). 

The potential role of EMDR on trauma in affective disorders: 

A narrative review. In Journal of Affective Disorders (Vol. 269, pp. 1-11). 

Elsevier B.V. https://doi.org/10.1016/j.jad.2020.03.001

Rousseau, P. F., Boukezzi, S., Garcia, R., Chaminade, T., & Khalfa, S. (2020). 

Cracking the EMDR code: 

Recruitment of sensory, memory and emotional networks during bilateral alternating auditory stimulation. 

Australian and New Zealand Journal of Psychiatry. https://doi.org/10.1177/0004867420913623

# EMDR


O que é a Reabilitação Neuropsicológica?

A Reabilitação Neuropsicológica é uma componente da especialidade de Neuropsicologia, que envolve a reabilitação de funções neuropsicológicas. Assim, é uma área que pretende reduzir, compensar e/ou lidar melhor com alterações cognitivas e comportamentais resultantes de uma disfunção ou lesão cerebral.

Em que consiste a Reabilitação Neuropsicológica?

O processo de Reabilitação Neuropsicológica engloba o treino cognitivo com exercícios para estimular as funções cognitivas afetadas, como a memória, atenção, funções executivas, linguagem ou capacidade construtiva. Assim, pode ajudar em doentes com: défices de atenção, memória ou concentração; distúrbios de linguagem; dificuldades de orientação; dificuldades na perceção visuoespacial; distúrbios de comportamento; e problemas no raciocínio lógico, planeamento e processamento de informações.

Como tal, tem como objetivos:

  • Recuperar ou restaurar as funções neuropsicológicas comprometidas;
  • Potencializar a plasticidade cerebral e a reorganização funcional do cérebro;
  • Compensar as dificuldades neuropsicológicas verificadas com recursos alternativos, de forma a uma melhor adaptação funcional;
  • Reduzir o impacto das alterações na vida do doente, aumentando a sua funcionalidade e autonomia.

Em que perturbações a Reabilitação Neuropsicológica pode ajudar?

É útil em patologias como:

  • Dislexia 
  • Perturbação de Hiperatividade e Défice de Atenção
  • Perturbação do Espetro do Autismo
  • Epilepsia 
  • Demências 
  • Afasias
  • Acidente Vascular Cerebral, Traumatismo EncefálicoFontes:

Noggle, C. A. & Dean, R. S. (2013). Neuropsychological Rehabilitation. New York: Springer Publishing Company.

Rajeswaran, J. (2012). Neuropsychological Rehabilitation: Principles and Applications. London: Elsevier.

Wilson, B.A., Winegardner, J., Heugten, C.M.V., & Ownsworth, T. (Eds.). (2017). 

Neuropsychological Rehabilitation: The International Handbook (1st ed.). Routledge. https://doi.org/10.4324/9781315629537

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O que é a Terapia da Fala?
 

A Terapia da Fala é uma especialidade que visa o estudo, a prevenção, avaliação e intervenção nas perturbações de comunicação (linguagem oral ou escrita, articulação, fluência, voz, audição), da motricidade orofacial, da mastigação e da deglutição em todos os ciclos de vida.

Em que consiste a Terapia da Fala?

Atua nas funções associadas à compreensão e expressão da linguagem oral e escrita, assim como noutras formas de comunicação não-verbal. intervém ainda ao nível da deglutição no treino das competências e reforço da musculatura orofacial, de forma a garantir uma nutrição adequada (Sociedade Portuguesa de Terapia da Fala).

Em que problemáticas e perturbações a Terapia da Fala pode ajudar?

Pode ajudar em casos de:

  • Dificuldades na comunicação (linguagem): atraso de desenvolvimento da linguagem; vocabulário reduzido; dificuldade em construir frases; dificuldade em compreender instruções simples; padrão de fala pouco inteligível; entre outros;
  • Problemas na motricidade orofacial: fenda labiopalatina, alterações nos movimentos coordenados dos órgãos fonoarticulatórios (língua, lábios, mandibula e dentes);
  • Perturbações da voz: disfonia (rouquidão), afonia (perda da voz);
  • Problemas na alimentação e deglutição: disfagia (dificuldade na deglutição de alimentos); 
  • Perturbações do neurodesenvolvimento e perturbações psicológicas: Perturbação do Espetro do Autismo, Perturbação do Desenvolvimento Intelectual, Mutismo Seletivo, dificuldades e Perturbações de Aprendizagem Especificas (dislexia, disortografia, disgrafia, discalculia), entre outras.
  • Alterações neurológicas: Afasia, Disartria, Paralisia Cerebral, Traumatismos Crânio-Encefálicos, Gaguez, entre outros.

Fontes:

Beitchman J. H. and Brownlie, E. B. (2013). Language Disorders in Children and Adolescents: presentation, diagnosis, assessment, and empirically validated treatment. Hogrefe Ltd.

Cohen, N. J., Farnia, F., and Im-Bolter, N. (2013). Higher order language competence and adolescent mental health. Journal of Child Psychology and Psychiatry, 54(7), 733–744

Conti-Ramsden G., Mok P.L., Pickles A. and Durkin K. (2013). Adolescents with a history of specific language impairment (SLI): strengths and difficulties in social, emotional and behavioral functioning. Research in developmental difficulties, 34(11), 416-419.

Hollo, A, Wehby, J.H. and Oliver, R.M. (2014). Unidentified Language Deficits in Children with Emotional and Behavioral Disorders: A MetaAnalysis. Exceptional Children, 80(2), 169-186.

Yaghoub Zadeh, Z., Im-Bolter, N. and Cohen, N.J. (2007) Social Cognition and Externalizing Psychopathology: An Investigation of the Mediating Role of Language. Journal of Abnormal Child Psychology 35(2): 141-152.

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O que é a Terapia Ocupacional?

A Terapia Ocupacional é uma especialidade que atua na prevenção, avaliação e tratamento de problemas relacionados com o desempenho ocupacional. 

Em que consiste a Terapia Ocupacional?

O seu objetivo principal é restaurar a realização das atividades do dia-a-dia que o individuo deixou de fazer devido a uma condição clínica que pode ser motora, cognitiva, emocional ou social. Assenta no recurso a atividades que vão estimular o potencial e desenvolver competências com o objetivo de aumentar a autonomia e a integração nas atividades de vida, englobando: a promoção da autonomia nas Atividades de Vida Diária; a promoção das competências motoras; a adaptação de material de apoio; a estimulação cognitiva; a estimulação sensorial; e o treino de competências psicossociais.

Em que problemáticas e perturbações a Terapia Ocupacional pode ajudar?

Assim, a Terapia Ocupacional atua em diversas áreas, tais como:

  • Medicina física e de reabilitação:
  • Artrite Reumatoide 
  • Outros quadros reumatológicos e ortopédicos
  • Neurologia
  • Acidente Vascular Cerebral
  • Traumatismo cranioencefálico 
  • Outros quadros neurológicos
  • Psiquiatria:
  • Depressão e outras perturbações do humor
  • Perturbações do Espetro da Esquizofrenia
  • Pediatria:
  • Atraso Global do Desenvolvimento
  • Dificuldades de aprendizagem 
  • Perturbações do Espetro do Autismo
  • Síndrome de Down
  • Paralisia cerebral
  • Geriatria:
  • Problemáticas específicas do envelhecimento
  • Demências

Fontes:

Organização Mundial de Saúde (2004). Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde

World Federation of Occupational Therapists (2012). Definition of Occupational Therapy.

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