Viver em Paz é algo fundamental para todos os Seres Humanos e, tal implica não só não viver em Guerra, mas também uma vida com Respeito pelos Direitos Humanos, Inclusão, Igualdade, Justiça e Liberdade (Ordem dos Psicólogos Portugueses [OPP], 2022).

Todos nós podemos fazer alguma coisa para contribuir para a Paz no Mundo, seja lutando a favor da consciencialização, seja agindo e reagindo no nosso dia-a-dia, com as nossas pessoas, entre outras formas, no sentido da Paz.

Olhando alguns dos dados sobre a população de países do Mundo afetados pelo conflito, estima-se que 22% desta população vive com uma perturbação mental, nomeadamente ansiedade, depressão e/ou perturbação de stress pós-traumático (Charlson, 2019).

É impossível falar de Paz, sem falar de Paz de Espírito. Sabe-se que a Paz de Espírito—definida como «estado interno de tranquilidade e harmonia» (Lee et al., 2013)—contribui substancialmente para o nosso bem-estar (Sophie, 2022).

Já contribuiu para a sua Paz de Espírito hoje?

Deixamos-lhe algumas dicas do que pode fazer (OPP, 2022):

– Não ignorar ou aceitar como inevitáveis as situações de injustiça, conflito ou violência que vê no seu dia-a-dia;

– Ser um cidadão ativo: fazendo voluntariado; partilhando uma mensagem de Paz e Tolerância;

– Usar estratégias de comunicação adequadas com os que nos rodeiam;

– Desenvolver ou aprimorar competências emocionais e sociais, que nos permitam ser empáticos, controlar as nossas emoções e ter pensamento crítico;

– Resolver conflitos e problemas de forma não-violenta;

– Aceitar erros e pedidos de desculpa (inclusive os nossos);

– Expressar gratidão porque todos nós contribuímos, de alguma forma, para o Mundo;

– Ter contacto com a Natureza e proteger o Ambiente;

– Cultivar o autocuidado: atividades de lazer, massagens, meditação, psicoterapia;

– Respeitar e defender os valores e os Direitos Humanos de todos: passa por reconhecer que, apesar de eventuais diferenças e divergências, todos devemos ser tratados com justiça, respeito e dignidade.

Fontes:

Charlson, F., Ommeren, M., Flaxman, A., Cornett, J., Whiteford, H., & Saxena, S. (2019). New WHO prevalence estimates of mental disorders in conflict settings: A systematic review and meta-analysis. The Lancet, 394(10194), 240-248.
https://doi.org/10.1016/S0140-6736(19)30934-1

Lee, Y., Lin, Y., Huang, C., & Fredrickson, B. L. (2013). The construct ad measurement of peace of mind. Journal of Happiness Studies, 14, 571-590. https://doi.org/10.1007/s10902-012-9343-5

Ordem dos Psicólogos Portugueses. (2022, março). Talking about peace: How can we all help build peace? https://www.ordemdospsicologos.pt/ficheiros/documentos/conversar_sobre_paz_ing.pdf

Sophie, V., Sara, C., Jellen, T., & Lieven, A. (2022). The role of ‘peace of mind’ and ‘meaningfulness’ as psychological concepts in explaining subjective well-being. Journal of Happiness Studies, 23, 3331-3346.
https://doi.org/10.1007/s10902-022-00544-z

Ana Sofia Santos