Dia Mundial da Saúde Mental – Dados em Portugal

Dia Mundial da Saúde Mental – Dados em Portugal

    • 3 em cada 10 portugueses já tiveram um diagnóstico de depressão1
    • 62,1% dos portugueses sentiu que estava com uma depressão em algum momento da sua vida1
    • 77,3% dos portugueses tem um amigo ou familiar próximo que foi diagnosticado com depressão1
    • 28,5% dos portugueses ainda considera que a depressão é um estado de espírito e não uma doença1
    • Os sintomas mais associados à depressão pelos portugueses são a tristeza e a perda de autoestima1
    • 34% da população portuguesa com sintomas de sofrimento psicológico em 2020 (estudo “Saúde Mental em tempos de pandemia”)2
    • Mulheres, jovens adultos (18-29 anos), profissionais de saúde, pessoas desempregadas e pessoas com baixo rendimento com maior sofrimento psicológico em 20202
    • Perturbações de ansiedade são as perturbações psiquiátricas com maior prevalência na população portuguesa3
    • Em 2019, cerca de 5,2% (5.776) dos óbitos foram atribuídos a transtornos mentais e comportamentais3
    • Cerca de 0,9% (975) dos óbitos foram devido a suicídio e/ou lesões autoinfligidas4

Fontes:

1Agência Lusa. (2023). Três em cada 10 portugueses já foram diagnosticados com depressão. https://sicnoticias.pt/especiais/saude-mental/2023-05-10-Tres-em-cada-10-portugueses-ja-foram-diagnosticados-com-depressao-dae2f1ed (dados de um estudo da Lundbeck Portugal)

2Caldas de Almeida, T., Heitor, M. J., Santos, O., Costa, A., Virgolino, A., Rasga, C., Martiniano, H., & Vicente, A. (2020). Relatório final: SM-COVID19 – Saúde mental em tempos de pandemia. Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge.

3Instituto Nacional de Estatística. (2020). População residente com 15 e mais anos de idade (N.o) por Sexo, Grupo etário e Grau de intensidade dos sintomas de depressão. Inquérito nacional de saúde.

4Instituto Nacional de Estatística. (2019). Óbitos (N.o) por Local de residência, Sexo, Grupo etário e Causa de morte (Lista sucinta europeia). Óbitos por causas de morte.

Ana Sofia Santos

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8 regras para enfrentar o pânico

8 regras para enfrentar o pânico

Durante um ataque de pânico, as emoções e sensações podem ser avassaladoras. Ainda assim, existem algumas estratégias que pode ter em conta para enfrentar o pânico de uma forma mais adaptativa e que lhe cause menos sofrimento.

A seguir apresentamos-lhe 10 regras que pode ter em conta durante um ataque de pânico. Pode ler e reler a lista e colocar num papel para que andem sempre consigo, de forma a poder recorrer a elas durante um ataque de pânico.

As 8 regras são:

  1. O medo é uma reação normal, as sensações de medo são exageradas pelo stress.
  2. Estas sensações não são perigosas nem fazem mal. São apenas desagradáveis.
  3. Não agrave o pânico com pensamentos catastróficos do que está a acontecer (exemplo: Estou a ter um ataque cardíaco).
  4. Observe o que está a acontecer no seu corpo no momento e não naquilo que tem medo que possa a vir a acontecer.
  5. Espere que o medo diminua com o tempo, não precisa de lutar ou de fugir. Aceite o medo como uma resposta normal.
  6. Note que quando parar de ter pensamentos catastróficos, o medo diminui naturalmente.
  7. O principal objetivo da exposição é aprender a enfrentar as situações sem evitamento.
  8. Lembre-se de todas as conquistas realizadas até hoje, com todas as dificuldades envolvidas. E que as superou.

Esperamos que estas 8 regras a/o ajude a entender um pouco melhor o pânico e o que pode fazer.

Fontes:

Pablo, C. (2022). Fobias e perturbação de pânico. In T. M. Baptista & D. D. Neto (Eds.), Psicoterapias cognitivo-comportamentais – Volume 2 – Perturbações e grupos (pp. 121-175). Edições Sílabo.

Ana Sofia Santos

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Novidades fresquinhas: Lançamento de e-book gratuito sobre Ansiedade

Novidades fresquinhas: Lançamento de e-book gratuito sobre Ansiedade

Hoje, anunciamos o lançamento de um e-book sobre Ansiedade, totalmente gratuito.

O que vai encontrar neste e-book?

1º Informação para que saiba mais sobre ansiedade

2º Informação para perceber que a ansiedade tem uma causa

3º Estratégias que podem ser usadas para gerir melhor a ansiedade

Para quem é destinado?

É destinado a:

  • Pessoas com ansiedade elevada
  • Pessoas que se encontram com dificuldades em gerir a ansiedade
  • Pessoas que sentem que a ansiedade está a ter um grande impacto na sua vida

Como pode obter o e-book?

1º Clicar no link [link]

2º Preencher os dados: nome, email e contacto telefónico

3º O e-book irá para o seu email

É muito simples!

Este e-book é da autoria de Maria Angelina Pereira (Psiquiatra) e de Ana Sofia Santos (Psicóloga Júnior).

 

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Sabe o que são Ataques de Pânico?

Sabe o que são Ataques de Pânico?

Os ataques de pânico correspondem a períodos de medo ou desconforto intenso que, normalmente, são acompanhados por alguns sintomas físicos e psicológicos, tais como:

  • Palpitações
  • Tremores
  • Suores
  • Falta de ar, dificuldade em respirar
  • Dor no peito
  • Tonturas, sensação de cabeça vazia ou desmaio
  • Náuseas ou mal-estar abdominal
  • Sensações de irrealidade
  • Sensações de estar desligada/o de si própria/o
  • Medo de perder o controlo ou de enlouquecer
  • Medo de morrer

Já conhecia estes sintomas dos ataques de pânico?

Se costuma ter ataques de pânico recorrentes, procure um profissional especializado.

Fontes:

American Psychiatric Association. (2013). Manual de diagnóstico e estatística das perturbações mentais: DSM-5 (5º ed.). Climepsi.

Pablo, C. (2022). Fobias e perturbação de pânico. In T. M. Baptista & D. D. Neto (Eds.), Psicoterapias cognitivo-comportamentais – Volume 2 – Perturbações e grupos (pp. 121-175). Edições Sílabo.

 

Ana Sofia Santos

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Estratégia nº 3 da Série de Ansiedade: 3 estratégias para gerir melhor a ansiedade – Grounding/Foco nos 5 sentidos

Estratégia nº 3 da Série de Ansiedade: 3 estratégias para gerir melhor a ansiedade – Grounding/Foco nos 5 sentidos

O Grounding é uma estratégia que tem como objetivo estabilizar a mente e o corpo. A técnica de Grounding 5-4-3-2-1 consiste em utilizar os 5 sentidos para ajudar no processo de acalmar a mente. No início desta estratégia, pode recorrer à respiração diafragmática para a/o ajudar.

Pode fazer este exercício sempre que se sentir ansiosa/o, inquieta/o, stressada/o e com pensamentos cismáticos.

Esta técnica ajuda, uma vez que o foco nos 5 sentidos faz com que o nosso cérebro quebre o ciclo de pensamentos negativos ou ansiosos e se foque no momento presente. O Grounding 5-4-3-2-1 faz-nos parar um pouco para relaxarmos e ganharmos de novo o controlo da nossa mente.

Os seus benefícios principais são: redução da ansiedade, redução do stress e melhoria do humor. É também uma técnica muito útil em ataques de pânico.

Ana Sofia Santos

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Estratégia nº 2 da Série de Ansiedade: 3 estratégias para gerir melhor a ansiedade – Lugar Seguro

Estratégia nº 1 da Série de Ansiedade: 3 estratégias para gerir melhor a ansiedade – Respiração Diafragmática

A respiração diafragmática consiste na realização de respirações pelo abdómen (diafragma). Na maior parte do tempo, acabamos por fazer uma respiração torácica (pelo tórax), que é muito mais superficial. Na respiração do tórax, apenas a parte superior dos pulmões se enche de ar a cada inspiração. Na respiração diafragmática, o nosso diafragma é incluído na respiração e, por isso, recrutamos mais ar para levar oxigénio às células do nosso corpo.

A respiração diafragmática ajuda porque quando nos sentimos ansiosos, a nossa respiração é mais rápida e mais superficial. A respiração diafragmática, pelo contrário, é uma respiração mais lenta e profunda. Assim, faz-nos estar mais focados no presente e indica ao corpo que é seguro relaxar.

Esta respiração traz inúmeros benefícios, sendo por isso indicada para várias problemáticas. Alguns dos benefícios são: redução da ansiedade; redução do stress; melhoria do humor; redução da tensão muscular; redução da tensão arterial; pulmões mais saudáveis; melhoria do sistema imunitário; e, melhoria da qualidade de sono.

Ana Sofia Santos

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Estratégia nº 1 da Série de Ansiedade: 3 estratégias para gerir melhor a ansiedade – Respiração Diafragmática

Estratégia nº 2 da Série de Ansiedade: 3 estratégias para gerir melhor a ansiedade – Lugar Seguro

O Lugar Seguro é uma técnica de redução do stress e ansiedade. Consiste em construir na sua mente um lugar onde se sinta segura/o e protegida/o. Idealmente, deve escolher um local reconfortante para si, como o seu quarto, por exemplo. Para a realização desta estratégia pode também recorrer à respiração diafragmática.

Pode fazer este exercício sempre que se sentir triste, zangada/o, inquieta/o e com dificuldade para adormecer.

Esta estratégia ajuda, pois o nosso cérebro e o nosso corpo não conseguem diferenciar muito bem o que é a realidade do que é imaginação. Já pensou como os pensamentos negativos e catastróficos têm um impacto no seu corpo? Da mesma forma, pensamentos e cenários mais pacíficos e relaxantes irão ter resultados igualmente calmantes no seu corpo.

O Lugar Seguro faz-nos parar um pouco para relaxarmos e para nos sentirmos seguros e reconfortados. Assim, traz vários benefícios, nomeadamente: a redução da ansiedade e do stress e, a melhoria do humor e da qualidade do sono.

Ana Sofia Santos

#ansiedade #estrategiasansiedade #lugarseguro

Reflita sobre a sua ansiedade, lendo as afirmações seguintes:

Reflita sobre a sua ansiedade, lendo as afirmações seguintes:

  • Sinto-me tenso/a ou nervoso/a muitas vezes ou quase sempre.
  • Tenho, frequentemente, uma sensação de medo, como se algo terrível estivesse para acontecer.
  • Tenho a cabeça cheia de preocupações a maior parte do tempo.
  • Não sou capaz de estar descontraidamente sentado/a a sentir-me relaxado/a.
  • Muitas vezes, sinto-me de tal forma inquieto/a que não consigo estar parado/a.
  • Muitas vezes, tenho sensações de pânico de repente.

Na próxima semana, iremos disponibilizar-lhe algumas estratégias para que possa gerir melhor a sua ansiedade. Mantenha-se atento!

Ana Sofia Santos

#ansiedade

A verdade sobre perturbação de ansiedade generalizada em crianças e adolescentes

Perturbação de Ansiedade Generalizada em Crianças e Adolescentes

A Perturbação de Ansiedade Generalizada caracteriza-se por:

  • Ansiedade e preocupação excessivas que ocorrem em mais de metade dos dias durante pelo menos 6 meses, relativamente a vários acontecimentos ou atividades (e.g., desempenho laboral ou escolar).
  • Dificuldades em controlar a preocupação.
  • Ansiedade e preocupação associadas com pelo menos um dos seguintes sintomas:
    • Agitação, nervosismo ou tensão;
    • Fadiga fácil;
    • Dificuldades de concentração;
    • Irritabilidade;
    • Tensão muscular;
    • Perturbações do sono: dificuldade em adormecer ou em permanecer a dormir, ou sono insatisfatório.
  • A ansiedade, preocupação ou sintomas físicos provocam mal-estar significativo ou prejuízos em várias áreas do funcionamento.

Normalmente, as crianças e adolescentes com esta perturbação de ansiedade são excessivamente perfecionistas e inseguras, tendem a refazer as tarefas devido à insatisfação recorrente que sentem relativamente ao seu desempenho.

O início da Perturbação de Ansiedade Generalizada raramente ocorre antes da adolescência. Nas crianças e adolescentes, as preocupações são, na maioria das vezes, relativas à qualidade das suas capacidades na escola e nos eventos desportivos, mesmo que o seu desempenho não esteja a ser avaliado pelos outros. Em alguns casos, as preocupações também podem ser sobre acontecimentos catastróficos, como sismos ou guerras.

Intervenção

Crianças e Adolescentes com Perturbação de Ansiedade Generalizada beneficiam de intervenção psicológica e/ou psiquiátrica que inclui:

  • Explicação sobre as componentes da ansiedade: cognitiva (pensamentos), emocional (emoções), somática (sensações físicas) e comportamental (ações);
  • Explicação sobre como as preocupações e a Ansiedade Generalizada funcionam;
  • Explicação da necessidade de habituação ao desconforto: para permitir que as situações deixem de causar tanto medo e ansiedade, é necessário que o/a adolescente compreenda que tem de se expor a elas para que ocorra o fenómeno de habituação e para que esse medo desapareça;
  • Ajudar a criança ou adolescente a desafiar os seus pensamentos;
  • Reforço da coragem e da autoestima do/a adolescente;
  • Gestão da sintomatologia: tolerância à ansiedade e desconforto; estratégias de coping e de relaxamento para gerir a ansiedade;
  • Intervenção junto dos cuidadores, quando existe um padrão familiar orientado para o perigo e a catastrofização (ver as coisas como catástrofes e negativas)

Em alguns casos, a criança ou adolescente também pode beneficiar de medicação que ajude na diminuição da ansiedade.

Fontes:

American Psychiatric Association. (2013). DSM-5: Manual de diagnóstico e estatística das perturbações mentais (5ª ed.). Climepsi.

Barnhill, J. W. (2020). Transtorno de ansiedade generalizado. https://www.msdmanuals.com/pt-pt/profissional/transtornos-psiqui%C3%A1tricos/ansiedade-e-transtornos-relacionados-a-estressores/transtorno-de-ansiedade-generalizado-tag

Carr, A. (2014). Manual de psicologia clínica da criança e do adolescente: Uma abordagem contextual (1ª ed.). Psiquilibrios Edições.

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Ana Sofia Santos

Sabe o que é Agorafobia em adolescentes?

Agorafobia em Adolescentes

A Agorafobia é uma perturbação de ansiedade que inclui sintomatologia como:

  • Medo ou ansiedade marcados em mais do que um destes locais:
    • Transportes públicos (e.g., autocarros, comboios, aviões, etc.);
    • Espaços abertos (e.g., parques de estacionamento, mercados ao ar livre, pontes, etc.);
    • Espaços fechados (e.g., lojas, cinemas, etc.);
    • Numa fila ou multidão;
    • Fora de casa sozinho/a.
  • Medo ou evitamento dessas situações devido a pensamentos de que a fuga pode ser difícil ou de que não terá ajuda disponível caso desenvolva sintomas de pânico, incapacitantes ou embaraçosos.
  • Medo e ansiedade quase sempre presentes perante as situações agorafóbicas.
  • Evitamento ativo (comporta-se intencionalmente de forma a prevenir ou minimizar o contacto) das situações ou precisando da presença de alguém ou sendo suportadas com medo e ansiedade intensos.
  • Medo e ansiedade desproporcionais relativamente ao perigo real que as situações pressupõem.
  • Medo, ansiedade ou evitamento persistem por pelo menos 6 meses ou mais.
  • Estes sintomas causam um mal-estar clinicamente significativo e défices sociais, escolares, ocupacionais ou noutras áreas do funcionamento.

Normalmente, esta perturbação surge na adolescência, sendo a sua idade média de aparecimento por volta dos 17 anos.

Intervenção

Crianças e Adolescentes com Agorafobia beneficiam de intervenção psicológica e/ou psiquiátrica que inclui:

  • Explicação sobre as componentes da ansiedade: cognitiva (pensamentos), emocional (emoções), somática (sensações físicas) e comportamental (ações);
  • Explicação sobre como a Agorafobia funciona;
  • Explicação da necessidade de habituação ao desconforto: para permitir que as situações agorafóbicas deixem de causar tanto medo e ansiedade, é necessário que o/a adolescente compreenda que tem de se expor a elas para que ocorra o fenómeno de habituação e para que esse medo desapareça.
  • Reforço da coragem e da autoestima do/a adolescente;
  • Gestão da sintomatologia: tolerância à ansiedade e desconforto; estratégias de coping e de relaxamento para gerir a ansiedade nas situações agorafóbicas;
  • Exposição gradual às situações agorafóbicas.

Em alguns casos, o/a adolescente também pode beneficiar de medicação que ajude na diminuição da ansiedade.

Fontes:

American Psychiatric Association. (2013). DSM-5: Manual de diagnóstico e estatística das perturbações mentais (5ª ed.). Climepsi.

Carr, A. (2014). Manual de psicologia clínica da criança e do adolescente: Uma abordagem contextual (1ª ed.). Psiquilibrios Edições.

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Ana Sofia Santos